CBA realiza simulado de emergência de barragem em Itamarati de Minas e Miraí
Exercício é fundamental para os moradores envolvidos conhecerem o tempo de deslocamento até os pontos de encontro
Na última quinta-feira, 30 de setembro, e nesta terça-feira, 5 de outubro, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) realizou o simulado anual de emergência da barragem em Itamarati de Minas e em Miraí, respectivamente. Devido à pandemia da Covid-19, os simulados contaram com a participação de moradores da Zona de Autossalvamento (ZAS) previamente selecionados. Os exercícios seguiram as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) de prevenção e de distanciamento social para garantir a segurança e a saúde de todos os envolvidos.
Após o acionamento das sirenes, às 14 horas, os moradores deixaram suas casas e percorreram a rota de fuga, devidamente sinalizada com placas informativas, até o ponto de encontro mais próximo, considerado local seguro, conforme mapeamento realizado em parceria com órgãos municipais. Nos respectivos pontos, os participantes responderam à pesquisa que avalia todas as condições do processo, desde a clareza da mensagem divulgada pelas sirenes até o tempo de chegada. A pesquisa também demonstra se o morador teve alguma dificuldade durante o deslocamento. As informações são usadas para aprimoramento das próximas edições do simulado.
A ação em Itamarati de Minas contou com a participação de 6 moradores da ZAS, o que representou 75% das pessoas cadastradas. Todos os participantes percorreram a rota de fuga, que possui 8 pontos de encontro e 6 sirenes instaladas na região.
“O simulado é válido para conscientizar e alertar a população em caso de emergência. É importante que todos sejam treinados para saber o que fazer”, relata Antônio Sebastião Soares Carvalho, morador da comunidade São Lourenço, em Itamarati de Minas.
Em Miraí, 79% dos moradores cadastrados da ZAS percorreram a rota de fuga e foram para um dos 27 pontos de encontro. A região conta com 12 sirenes instaladas, para garantir a cobertura em toda a comunidade. Matias Teixeira, morador da comunidade Santa Mônica, participou do simulado e reforça a importância do exercício. "É bom para conhecer a sinalização, o som da sirene e o ponto de encontro", afirma.
O gerente das unidades da CBA na Zona da Mata, Christian Fonseca de Andrade, destaca a importância da ação e reforça que a segurança da população é um compromisso da CBA. “O simulado é um exercício preventivo e educativo realizado anualmente com a participação da comunidade. É fundamental que todos conheçam as mensagens das sirenes, as rotas de fuga e os pontos de encontro, ampliando o alcance e efetividade do plano de contingência e proporcionando segurança à população”.
Andrade também reforça o desenvolvimento de uma cultura de segurança. “Além de mantermos as nossas barragens seguras, o cumprimento do Plano de Atendimento Emergencial, com a manutenção das sirenes, as visitas educativas à comunidade da área de influência direta às barragens e o simulado são exemplos do nosso compromisso com a comunidade”, completa.
O simulado de emergência da barragem é realizado na Zona de Autossalvamento, conforme Plano de Ações Emergenciais para Barragens de Mineração – PAEBM, e em alinhamento às práticas de segurança e gestão de barragens, em cumprimento às legislações vigentes (Portaria 70.389/17, da ANM, e Lei Estadual nº 23.291, de 2019). Os simulados contaram com a participação das Defesas Civis estadual e municipais, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Polícia Militar Ambiental e equipe da CBA.
Barragem Itamarati de Minas
A barragem de Itamarati de Minas, construída em etapa única, iniciou sua operação em 1992, mas atualmente não recebe mais rejeitos, contudo mantém na integra todos os controles e manutenção da barragem. A CBA prevê reutilizar os rejeitos depositados no reservatório. Para tanto, vem estudando novas rotas para recuperação dos minerais que compõem o rejeito, composto, basicamente, de água, argila, areia e bauxita.
Barragem Miraí
A barragem de Miraí, construída em etapa única, opera desde 2008 e atende aos mais altos critérios de segurança. O rejeito contido ali é composto de água, argila, areia e bauxita. A água da barragem é reutilizada no processo de beneficiamento. A Companhia conta também com uma Estação de Tratamento de Água – ETA, que realiza o tratamento da água que retorna para o Rio Preto atendendo a todos os parâmetros legais de lançamento.
Gestão da segurança
A CBA reforça que possui um sistema robusto de gestão de segurança de barragens (SIGBAR) que garante a integridade física de suas barragens, contemplando rotinas de monitoramentos quinzenais, mensais e semestrais. As barragens também passam por auditorias externas periódicas, conduzidas por uma empresa independente especializada em geotecnia, e recebem fiscalizações de órgãos públicos responsáveis, possuindo todos os laudos técnicos exigidos por lei, que atestam a integridade e segurança de suas estruturas.
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